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segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Origem da Linguagem, Eugen Rosenstock-Huessy

DEMÉTRIUS SURDI

SÁBADO, 22 DE MAIO DE 2010

O filósofo critica aqueles que “estão acostumados a pensar na linguagem como exteriorização de pensamentos ou idéias”, respondendo que “a linguagem é antes de tudo dar ordens”. Esse senso de direção que a linguagem produz, ao gerar ordens, é a força que o autor nos faz pensar como a conservadora da história humana. 





Em seu livro A origem da linguagem, o filósofo Eugen Rosenstock-Huessy (1888-1973) desenvolve uma linha de pensamento baseada na linguagem humana tomada por seu caráter sacramental. E essa idéia poderosa eleva a linguagem mais do que um “produto social”, fazendo-a uma força operante na manutenção da história humana. 

Rosenstock-Huessy diz que a linguagem possui “quatro doenças” que se manifestam em quatro formas de vida onde há a ausência de diálogo entre as pessoas. Essas formas de vida são vistas sob o ponto de vista dos fenômenos político-sociais contemporâneos, que são: a Guerra, a Crise, a Revolução e a Decadência. 

Quando indivíduos e/ou países estão em guerra, enfrentam uma crise, sofrem uma revolução ou passam por uma decadência, é porque, de alguma forma, diz o filósofo, faltou diálogo e entendimento na sociedade para que esses fatores não ocorressem. Por isso, para que as pessoas não sofram pela falta de comunicação, o filósofo apresenta quatro “remédios” para esses problemas. A Paz, o Crédito, a Ordem e o Rejuvenescimento. A linguagem viva opera nesses caminhos da saúde. 

O filósofo critica aqueles que “estão acostumados a pensar na linguagem como exteriorização de pensamentos ou idéias”, respondendo que “a linguagem é antes de tudo dar ordens”. Esse senso de direção que a linguagem produz, ao gerar ordens, é a força que o autor nos faz pensar como a conservadora da história humana. 

Através da reflexão do significado dos rituais, cerimônias e vestimentas, ao longo dos milênios, Rosenstock-Huessy apresenta a importância da autoridade e da figura do chefe na hierarquia montada pela língua. Pois é falando que nos fazemos ouvir, mas sem um princípio que estabeleça a ordem na sociedade permitindo a divisão entre alto e baixo, tornamo-nos indivíduos inarticulados em nossa “gritaria”. 

Publicado na coleção Biblioteca de Filosofia da editora Record em 2002, o livro A origem da linguagem conta com notas críticas e comentadas pelo editor Olavo de Carvalho.  

Fonte da foto: Argo Books

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".